Cosmologia do buraco branco

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A Cosmologia do Buraco Branco foi desenvolvida pelo Dr. Russell Humphreys e foi mais do que apenas uma solução para o problema da luz das estrelas distantes. Ela serviu como uma boa ideia preliminar para uma cosmologia criacionista. Humphreys abandonou sua cosmologia original em favor de uma segunda, publicada em 2008,[1] e posteriormente deixou também esta segunda em favor de uma terceira, publicada em 2022,[2] mas este artigo explica sua cosmologia original do buraco branco por propósito histórico. As cosmologias posteriores de Humphreys também envolvem a ideia de dilatação do tempo, e por isso é instrutivo conhecer a sua teoria original.

Esboço

De acordo com esta cosmologia, o universo teria somente poucos milhares de anos por um relógio na Terra, mas bilhões de anos por um relógio na extremidade do universo.[3] A chave para este modelo é a ideia de que o tempo passou muito mais devagar na Terra do que em partes distantes do universo, no quarto dia da criação. Ele é baseado em atuais tendências científicas, e portanto considerado científico. E mais importante, ele é puramente bíblico em sua natureza, o que é vital para prover um modelo baseado no criacionismo.

Pressupostos

A cosmologia do Big Bang é baseada no que é chamado de Princípio Cosmológico. Esse princípio é a ideia de que o universo é o mesmo em toda parte, o que é uma suposição de partida básica. Enquanto a literatura popular sugere um universo que tem um limite e um centro, de acordo com o Princípio Cosmológico não há limite nem centro no universo. O Princípio Cosmológico é uma pressuposição arbitrária e evolucionista que se baseia na palavra do homem. Por outro lado, a Bíblia, ou a palavra de Deus, sugere que o universo pode ter um limite e que a Terra pode estar próxima do centro, em uma escala cosmológica de distâncias, provendo, assim, substitutas suposições de partida contrárias às do Princípio Cosmológico.

Isso é importante porque a gravidade depende de um centro de massa, o que implica uma borda para a massa. De acordo com a teoria do Big Bang, não há uma borda e portanto não há nenhum centro, e assim não há nenhuma força gravitacional líquida. No contexto da cosmologia do buraco branco, porém, o universo tem um limite com uma força gravitacional líquida. A importância disso é o fato de que a gravidade retarda o tempo, o que segue exatamente o que é predito e demonstrado por experimento pela teoria da Relatividade Geral.

Elementos de Formação

A expansão do cosmos é evidente tanto pelo red shift como pela Bíblia.

Isaías 40:22 (ACF). Ele é o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; é ele o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda, para neles habitar;

Gênesis 1:1-5 (ACF)

  1. NO princípio criou Deus os céus e a terra.
  2. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
  3. E disse Deus: Haja luz; e houve luz.
  4. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.
  5. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.

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  • fora de escala.

De acordo com a cosmologia do buraco branco, o "abismo" era uma esfera de água de aproximadamente 2 ly (light-years, anos-luz) de diâmetro, contendo toda a massa do universo. A Terra era uma região indefinida de água informe no centro.

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  • fora de escala.

Toda a massa está dentro de um buraco negro de aproximadamente um bilhão de anos-luz de diâmetro que faz a gravidade comprimir e aquecer o abismo, provavelmente iniciando uma fusão nuclear.

Gênesis 1:6-8 (ACF)

  • 6. E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.
  • 7. E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi.
  • 8. E chamou Deus à expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo.

O termo expansão se refere simplesmente a uma extensão ou um espaço. Deus começa expandindo esse universo inicial para um espaço entre as águas acima da expansão e as águas abaixo da expansão. Alguma água permanece dentro do espaço e é depois usada por Deus para fazer o sol, a lua, e as estrelas.
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Hoje, a água acima da expansão ainda está lá. Assume-se que está a 20 bilhões de anos-luz e para além das galáxias mais distantes.

Salmos 148:1-4 (ACF)

  1. LOUVAI ao Senhor. Louvai ao Senhor desde os céus, louvai-o nas alturas.
  2. Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos.
  3. Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as estrelas luzentes.
  4. Louvai-o, céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus.

Pelo dia 3, no tempo da Terra, a expansão atinge o horizonte de eventos e a expansão começa retirando matéria do horizonte de eventos. O buraco negro se torna um buraco branco. Um buraco branco é o oposto matemático de um buraco negro.
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O colapso inicial do buraco branco resulta de matéria saindo do horizonte de eventos, e é alimentado pela expansão. Ele encolhe a um tamanho um pouco maior do que a Terra em cerca de um dia no tempo da Terra, alcançando esse ponto no dia quatro.
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O horizonte de eventos não encolhe a um ponto; afinal buracos negros não se formam de um ponto. Assim, o colapso final do buraco branco não é caracterizado por um horizonte de eventos encolhido, mas por um poço gravitacional de sombra com a Terra no centro. A Terra emerge do horizonte de eventos como o poço gravitacional e quando ele deixa de existir. O poço gravitacional é então reduzido para a gravidade da própria Terra.

Perto do horizonte de eventos, o tempo desacelera e efetivamente pára. Na Terra o processo leva menos de um dia, mas bilhões de anos no resto do universo. As estrelas foram feitas nesse tempo e a luz das estrelas distantes tem tempo para atingir a Terra. Depois que o poço gravitacional desaparece, o resto do sistema solar é criado.

Durante os seis dias da criação na Terra, bilhões de anos passaram na borda do universo, assim a idade do universo quando Adão o viu era de seis dias, de acordo com o padrão de tempo da Terra. Mas a luz vinda de estrelas distantes ainda teria tempo para nos atingir então o resultado seria que objetos distantes pareceriam velhos.

Conclusão

Aqui está uma comparação simples entre as Cosmologias do Big Bang e do Buraco Branco.

Limitado + Relatividade = Cosmologia do Buraco Branco.
Não limitado + Relatividade = Cosmologia do Big Bang.

Os princípios básicos dessa teoria são cientificamente sólidos. Se o universo é limitado, as taxas dos relógios devem ser diferentes, e se o universo era muito menor no passado, as taxas dos relógios eram muito diferentes. A dilatação do tempo permite que haja muito tempo no espaço profundo para que ocorram outros processos físicos, tais como a maioria dos teóricos ciclos de vida estelares de colisões de galáxias e rotações galácticas.

Essencialmente, de acordo com este modelo, Deus usou a relatividade para permitir-nos ver um universo jovem, de acordo com o tempo na Terra, que foi lento no quarto dia da criação. Esta solução para o problema da luz das estrelas distantes é sólida tanto cientificamente como biblicamente.

Referências

  1. Humphreys, Russell. New time dilation helps creation cosmology. Journal of Creation 22(3):84–92, dezembro de 2008.
  2. Humphreys, Russell. A more biblical cosmology. Journal of Creation 36(3):114–122, dezembro de 2022.
  3. Faulkner, Danny. Universe by Design: An Explanation of Cosmology and Creation. Green Forest, AR: Master Books, 2004. p. 101-103. ISBN 0-89051-415-1

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