Princípio antrópico

De CriaçãoWiki, a enciclopédia da ciência da criação.
(Redirecionado de Princípio Antrópico)
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa

O princípio antrópico é a afirmação de que o Universo foi preparado desde o primeiro momento de existência para o aparecimento da vida como um todo e particularmente da vida humana.[1] Ele é usado para desenvolver explicações científicas na cosmologia. Originou-se a partir de observações de que a terra única e perfeitamente atende às exigências da vida, e mais especificamente da vida humana. Antrópico vem da palavra grega άνθρωπος, antropos (homem). Muitas vezes, é colocado como sendo de oposição ao Princípio Copernicano.

A presença da vida no universo é dependente de um grande número de eventos extremamente improváveis​​, e até mesmo a menor alteração tornaria impossível a vida existir. Tudo, desde o estado de energia do elétron até o nível exato da força nuclear fraca parece ser adaptado para que nós existamos. Parece que estamos vivendo num universo dependente de várias variáveis ​​independentes, onde apenas uma ligeira alteração o tornaria inóspito para qualquer forma de vida. E, no entanto, aqui estamos nós. Em 1970, um cientista chamado Brandon Carter apelidou essa linha de raciocínio de princípio antrópico.[2] Os defensores do design inteligente tiram apoio deste fato porque este sugere fortemente que o cosmos foi especificamente projetado.

Definições

O Princípio Antrópico foi definido pela primeira vez em 1973, durante um simpósio em comemoração ao 500º aniversário de Copérnico. Brandon Carter teve a honestidade de proclamar que a humanidade, de fato, tem um lugar especial no Universo, uma afirmação que é exatamente o oposto da teoria hoje universalmente aceita que leva o nome de Copérnico.

Em 1986, os cosmólogos John D. Barrow e Frank J. Tipler (Oxford University Press) publicaram seu livro The Anthropic Cosmological Principle (O Princípio Cosmológico Antrópico), a fim de lidar com as coincidências aparentemente incríveis que permitem a nossa presença em um universo. As três versões principais do princípio, como afirmado no The Anthropic Cosmological Principle de Barrow e Tipler (1986), são:

  • Princípio Antrópico Fraco (Weak Anthropic Principle - WAP): "Os valores observados de todas as quantidades físicas e cosmológicas não são igualmente prováveis, mas eles assumem valores restritos pela exigência de que existam locais onde a vida baseada em carbono possa evoluir e pelas exigências de que o universo seja velho o suficiente para que ela tenha feito isso."
  • Princípio Antrópico Forte (Strong Anthropic Principle - SAP): "O Universo deve ter as propriedades que permitam que vida se desenvolva dentro dele em alguma fase da sua história."[3]
  • Princípio Antrópico Final (Final Anthropic Principle - FAP): "O processamento de informações inteligente deve entrar em existência no Universo, e, uma vez que venha à existência, ele nunca morrerá."

Referências

  1. Geisler, Norman. Enciclopédia de Apologética: Respostas aos Críticos da Fé Cristã. São Paulo: Vida, 1999. p. 45. ISBN 85-7367-560-8
  2. Faulkner, Danny. Universe by Design: An Explanation of Cosmology and Creation. Green Forest, AR: Master Books, 2004. p. 39. ISBN 0-89051-415-1
  3. Gonzalez, Guillermo; Richards, Jay W. The Privileged Planet: How Our Place in the Cosmos is Designed for Discovery. Washington, DC: Regnery Publishing, 2004. p. 266-267. ISBN 0-89526-065-4

Ver também