A evolução não foi comprovada (Talk.Origins)
Alegação CA202:
- A evolução não foi, e não pode ser, provada. Nós não podemos nem ver a evolução (além de uma mudança trivialmente pequena), muito menos testá-la experimentalmente.
Fonte: Morris, Henry M. 1985. Scientific Creationism. Green Forest, AR: Master Books, pp. 4-6.
Resposta da CreationWiki:
O Talk.Origins dá uma lista das típicas chamadas evidências para a evolução. Note-se, no entanto, que mesmo se as evidências fornecidas apoiem a evolução, não há nenhuma disputa de que elas não provam a evolução, assim o argumento do autor contra esta afirmação é mal sucedido de qualquer maneira.
(citações do Talk.Origins em azul)
Nada no mundo real pode ser provado com certeza absoluta. No entanto, altos graus de certeza podem ser alcançados. No caso da evolução, temos imensas quantidades de dados de diversos campos. Existem evidências extensas em todas as formas diferentes a seguir (Theobald 2004). Cada pedaço novo de evidência testa o resto.
É claro, "imensas" é a opinião do autor. É a opinião da maioria dos criacionistas que a evidência para a evolução é muito pequena.
Toda a vida mostra uma unidade fundamental nos mecanismos de replicação, herdabilidade, catálise e metabolismo.
Isso é indiscutível, mas isso não é uma evidência para a evolução. Deus usou projetos semelhantes ao criar diferentes animais e plantas. A única coisa que faz com que isso seja visto como uma evidência para a evolução é a suposição de que Deus não teve nada a ver com o processo de criação.
Os animais fósseis se encaixam na mesma árvore da vida. Encontramos vários casos de formas de transição no registro fóssil.
Os criacionistas aceitam a existência de formas de transição entre variações dentro dos tipos criados, mas não entre tipos criados. Dessa forma, a menção ambígua da existência de formas transicionais pelo Talk.Origins não prova nada.
Talvez na imaginação hiperativa de evolucionistas convencidos existam formas de transição entre o que os criacionistas considerariam tipos criados distintos, mas há muitos problemas, principalmente que o número dessas supostas formas de transição é muito menor do que deveria ser (a teoria do equilíbrio pontuado foi inventada justamente por isso). Os criacionistas foram capazes de mostrar vez após outra quantas alegações de fósseis de transição não são realmente transições, apesar das tentativas dos evolucionistas em proteger a única "evidência" firme que eles podem encontrar.
Os fósseis aparecem em uma ordem cronológica, mostrando mudanças consistentes com a origem comum ao longo de centenas de milhões de anos e inconsistentes com a criação súbita.
A "ordem cronológica" que o Talk.Origins se refere é parte integrante da mesma filosofia naturalista que a evolução se baseia. De acordo com o modelo da criação, a ordem é uma ordem de sepultamento, não uma ordem de aparecimento das formas de vida. O registro fóssil é perfeitamente consistente com o modelo da criação se não se assume o uniformitarismo e a evolução de início. Toda a razão pela qual a teoria do equilíbrio pontuado foi inventada foi porque o registro fóssil era mais consistente com a criação súbita do que com a evolução gradual, e os evolucionistas precisavam de um argumento para explicá-lo.
Muitos organismos mostram caracteres rudimentares, vestigiais, tais como olhos sem visão ou asas inúteis para o vôo.
Descobriu-se desde então que muitos dos assim chamados órgãos "vestigiais" têm funções úteis que ainda são utilizadas. Nos seres humanos, os chamados órgãos vestigiais foram numerados em mais de cem, mas esse número foi reduzido a zero.
De qualquer forma, órgãos vestigiais—órgãos que não têm mais um propósito útil—indicam uma perda de informação genética, conforme previsto pelo modelo da criação, e não um ganho, como requerido pela hipótese da evolução.
Atavismos às vezes ocorrem. Um atavismo é o reaparecimento de uma característica presente em um antepassado distante, mas perdida nos antepassados imediatos do organismo.
Ou, se a evolução não for assumida de partida, um atavismo é tão facilmente visto como uma característica presente em um animal a qual Deus decidiu colocar em outro animal mais complexo. Este é mais um exemplo de evolucionistas que afirmam que os fatos apoiam a sua teoria quando os mesmos podem tão facilmente apoiar o modelo da criação. Ou até mesmo apoiar melhor o modelo da criação. Se a característica realmente se perdeu e depois reapareceu, isso indica que a mesma característica evoluiu duas vezes, um cenário incrivelmente improvável.
Nós só vemos atavismos consistentes com as histórias evolutivas dos organismos.
Isso não tem sentido, já que a própria definição de atavismo implica um reaparecimento evolutivo, um retrocesso evolutivo. Qualquer mudança que não seja 'consistente' com a suposta história evolutiva de um organismo não será considerada um atavismo, então o que essa 'observação' prova?
A ontogenia (embriologia e biologia do desenvolvimento) fornece informações sobre o percurso histórico da evolução de um organismo. Por exemplo, a medida que embriões de baleias e de muitas cobras se desenvolvem, membros posteriores que são reabsorvidos antes do nascimento.
As chamadas "pernas vestigiais" que as baleias desenvolvem são usadas na reprodução e provavelmente não têm nada a ver com qualquer baleia caminhante ancestral. Quanto aos membros posteriores das cobras, a piada está no Talk.Origins, pois muitos criacionistas acreditam que as cobras andavam no passado até que Deus amaldiçoou a serpente no Jardim do Éden! (uma mutação que dificulta seu desenvolvimento pré-natal adequado, talvez?)
A distribuição das espécies é consistente com a sua história evolutiva. Por exemplo, os marsupiais são limitados principalmente à Austrália, e as exceções são explicadas pela deriva continental. Ilhas remotas geralmente possuem grupos de espécies que são altamente diversificadas em hábitos e aparência geral, mas intimamente relacionadas geneticamente. A diversidade de esquilos coincide com mudanças tectônicas e no nível do mar (Mercer e Roth, 2003). Essa consistência ainda se mantém quando a distribuição de espécies fósseis é incluída.
É incerto como isso tem algo a ver com a evolução, embora apenas lendo isso possamos ver mais uma vez como, para chegar a essa conclusão, é preciso supor apenas causas naturais.
A menos que o Talk.Origins esteja propondo que todos os marsupiais evoluíram de um marsupial original (em várias formas paralelas a contrapartes similares não-marsupiais), então o modelo da evolução não explica por que a maioria dos marsupiais é encontrada na Austrália.
A evolução prevê que novas estruturas são adaptadas de outras estruturas que já existem e, portanto, a similaridade nas estruturas deve refletir a história evolutiva em vez da função. Nós vemos isso com freqüência. Por exemplo, mãos humanas, asas de morcego, patas de cavalo, nadadeiras de baleia e membros anteriores de toupeira têm estrutura óssea similar, apesar de suas diferentes funções.
Isto é completamente irrelevante, como também é o próximo ponto do autor. Estruturas similares em espécies são apenas evidências para a evolução se eliminarmos as possibilidades sobrenaturais de início. Para os criacionistas, elas são simplesmente evidência de um Projetista comum que usou características semelhantes em Suas criações.
Além disso, se estruturas semelhantes evoluíssem de uma estrutura original, deveríamos esperar que elas se desenvolvessem de maneira semelhante. No entanto, apesar da considerável similaridade entre as mãos humanas e as patas dos sapos, elas se desenvolvem de maneiras radicalmente diferentes [1]. Isso não se encaixa realmente na hipótese evolutiva, mas é inteiramente consistente com um Criador que cria ambos e reutiliza alguns aspectos do projeto.
Quando dois organismos desenvolvem a mesma função independentemente, diferentes estruturas são freqüentemente recrutadas. Por exemplo, asas de aves, morcegos, pterossauros e insetos têm estruturas diferentes. O planeio foi implementado de muitas outras maneiras. Novamente, isso se aplica em um nível molecular também.
Isso é irrelevante, pois é preciso eliminar de cara a possibilidade de um Projetista para fazer disso uma evidência.
As restrições da história evolutiva às vezes levam a estruturas e funções sub-ótimas. Por exemplo, a garganta humana e o sistema respiratório tornam impossível respirar e engolir ao mesmo tempo e nos tornam suscetíveis a asfixia.
O que os evolucionistas às vezes afirmam ser "projeto sub-ótimo" frequentemente se mostrou ser um bom projeto. Só porque um evolucionista imagina que isso poderia ser feito de uma maneira melhor, não significa que seu caminho seja realmente melhor em todos os aspectos. No entanto, às vezes tais projetos supostamente sub-ótimos podem ser um resultado de degradação desde a criação como resultado da Queda.
A especiação foi observada.
Esse ponto não é contestado, e não é uma evidência para a evolução. É incrível como os evolucionistas continuam fazendo afirmações assim quando cientistas criacionistas, como os do Creation Ministries International, não apenas reconheceram isso, como também apontaram que o modelo da criação requer especiação.
Os aspectos cotidianos da evolução - mudança genética hereditária, variação e mudança morfológica, mudança funcional e seleção natural - ocorrem em taxas compatíveis com a origem comum.
Embora isso possa então apresentar uma inconsistência tanto nas teorias do equilíbrio pontuado como na teoria da evolução tradicional (já que o registro fóssil contradiz a última, e os dados atuais a primeira), é preciso supor que a datação radiométrica (que é suposta nos dar as idades dos fósseis, e assim, a taxa em que a evolução supostamente ocorreu) é confiável, o que não é, para fazer disso uma evidência. Em outras palavras, a aplicação evolutiva dessa evidência depende de escalas de tempo evolutivas para funcionar.
A evidência é extensa e consistente, e aponta inequivocamente para a evolução, incluindo a origem comum, a mudança ao longo do tempo e a adaptação influenciada pela seleção natural. Seria absurdo referir-se a estes como algo diferente de fatos.
Para considerá-las como evidências válidas para a evolução, é preciso assumir várias coisas, principalmente que espécies evoluíram naturalmente e que não há possibilidade de que Deus as tenha criado diretamente, mas com estruturas semelhantes. Assim, enquanto os fatos são consistentes, é a "interpretação" evolucionista dos fatos que é falha e ilógica.
Como mostrado acima, várias das evidências apresentadas não apoiam realmente a evolução em detrimento da criação (elas são consistentes com ambas as ideias), e se as evidências apoiassem "inequivocamente" a evolução, não haveria tantos cientistas quanto existem que não veem assim.
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