Martinho Lutero

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Martinho Lutero

Martinho Lutero ou Martin Luther (em alemão) (10 de novembro de 1483 — 18 de fevereiro de 1546) foi um monge agostiniano alemão, padre católico e professor de teologia, que foi a figura central da Reforma Protestante.

Primeiros anos

Martinho Lutero nasceu em 1483 na vila de Eisleben, na Saxônia, estado do Sacro Império Romano-Germânico. Ele era o mais velho de sete filhos.[1] Ele foi enviado para a escola em Magdeburg e logo depois foi para a escola em Eisenach, entre 1498 e 1501.[2] Ele se tornou um monge agostiniano, quando era jovem. Em julho de 1505, enquanto estava andando, ele foi atingido por um raio, e no terror da morte, ele gritou por ajuda a Santa Ana, fazendo um voto para se tornar um monge.[1] Em 1508 ele começou a ensinar na Universidade de Wittenberg, uma pequena cidade na Saxônia.[3] Durante seus anos de noviciado, seus superiores reconheceram suas habilidades incomuns e decidiram que ele deveria seguir o sacerdócio, sendo ordenado padre.[4] Em 31 de outubro de 1517, Lutero, agora com quase 34 anos, fixou à porta da igreja de Wittenberg suas famosas noventa e cinco teses.[5]

As noventa e cinco teses

As teses de Lutero eram noventa e cinco pontos em que o sacerdócio católico romano havia se distanciado da Escritura bíblica. Lutero exigiu que eles fornecessem uma explicação ou se arrependessem e mudassem suas práticas. Essas diferenças entre a prática religiosa romana e a Escritura permaneceram obscuras por causa da repressão católica da Bíblia e seus ensinamentos para seus próprios propósitos. Mas a invenção de Gutenberg da imprensa de tipo móvel por volta de 1450 havia permitido que os livros fossem impressos em muito maior número do que nunca, e isso levou a um aumento na aprendizagem.

Lutero expôs as corrupções católico-romanas de forma explosiva, pregando uma lista delas, nas Noventa e Cinco Teses, na porta da Igreja de Wittenberg, para que todos pudessem ver. Elas eram muitas e variadas, tipificadas pela prática de vender "indulgências", pela qual a Igreja Católica afirmava ser capaz de absolver as pessoas do pecado, em troca de dinheiro. Na verdade, isso foi um esquema para enriquecer e fortalecer os próprios padres católicos. As teses foram rapidamente reeditadas e distribuídas em toda a Europa, e espalhou-se a notícia de que tais práticas eram truques desonestos e não se encontravam em nenhum lugar na Bíblia.

Isso levou a um grande movimento na Europa de cristãos deixando a organização católica romana e criando igrejas cristãs independentes com base nos ensinamentos de Cristo encontrados na Bíblia. Esse movimento foi chamado de Reforma.

Referências

  1. 1,0 1,1 Latourette, Kenneth Scott. A History of Christianity:Reformation to the Present. Peabody, MA: Prince Press, 1997. p. 703-726. 2 vol. vol. 2. ISBN 1-56563-329-6
  2. Cairns, Earle E. Christianity Through the Centuries: A History of the Christian Church. 3ª, revisada e expandida ed. Grand rapids, Michigan: Zondervan Publishing House, 1996. p. 281-289. ISBN 0-310-20812-2
  3. Hill, Jonathan. Zondervan Handbook to the History of Christianity. Oxford: Lion Publishing/Zondervan, 2006. p. 249-254. ISBN 978-0-310-26270-1
  4. González, Justo L. The Story of Christianity: The Reformation to the Present Day. New York: HarperCollins Publishers, 2010. p. 18-35. vol. II. ISBN 978-0-06-185589-4
  5. Chadwick, Owen. The Reformation. London: Penguin Books, 1990. p. 40-75. ISBN 0-14-013757-2