Endocruzamento

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Um tigre de bengala branco no Aquário de Houston. Devido ao endocruzamento e os defeitos genéticos resultantes, a Associação de Zoológicos e Aquários impediu membros de zoológicos de reproduzirem tigres brancos.

Endocruzamento também conhecido como consanguinidade é a reprodução pelo cruzamento entre indivíduos aparentados. O endocruzamento é uma forma não aleatória de acasalamento.[1] Um acasalamento entre parentes é comumente referido como acasalamento consangüíneo. Uma linhagem endogâmica é o resultado de animais sendo acasalados em irmão com irmã, geração após geração.[2] Entre seres humanos, a consanguinidade excessiva pode ser evitada com a ajuda de tradições culturais elaboradas[3] e princípios religiosos. No entanto, em algumas tradições culturais, casamentos consanguíneos são preferidos e frequentemente prescritos, como é o caso com alguns seguidores da tradição dravidiana.[4]

Medidas de endocruzamento

O endocruzamento é medido usando o coeficiente de endocruzamento,[5] que pode variar de 0 a 1, que é uma medida da probabilidade de que dois alelos sejam idênticos por descendência. Este coeficiente é geralmente denotado por F.[1] É definido como a redução proporcional à frequência de genótipos heterozigotos em uma população de organismos consanguíneos (HI) em comparação com o valor de (2pq) que seria esperado com o acasalamento ao acaso.[6] Este coeficiente indica a fracção em que é reduzida a proporção de heterozigotos esperados.[6] A fórmula é:

F = (2pq - HI)/2pq

onde

F = O coeficiente de endocruzamento.
p = Freqüência do alelo dominante.
q = Freqüência do alelo recessivo.
HI = Freqüência de genótipos heterozigotos em uma população de organismos consanguíneos.

Depressão por endocruzamento

O surgimento cada vez maior de características letais e deletérias devido ao endocruzamento é chamado de depressão por endocruzamento.[1] É também conhecido como depressão de consanguinidade.

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 Pierce, Benjamin A. . 3ª ed. New York: W. H. Freeman and Company, 2008. p. 687-688. ISBN 978-0-7167-7928-5
  2. Snustad, Peter; Simmons, Michael J. Principles of Genetics. 5ª ed. River Street, Hoboken, NJ: John Wiley & Sons, 2010. p. 80. ISBN 978-0-470-39842-5
  3. Brahmachary, R.L.; Sarkar, Mousumi Poddar; Dutta, J. In: Majumder, Partha P. Human Population Genetics: A Centennial Tribute to J.B.S.Hadane. London: Plenum Press, 1993. Capítulo: Evolution of Chemical Signals, p. 96. ISBN 0-306-44572-7
  4. Malhotra, Kailash C.; Vasulu, T. S. In: Majumder, Partha P. Human Population Genetics: A Centennial Tribute to J.B.S.Hadane. London: Plenum Press, 1993. Capítulo: Structure of Human Populations in India, p. 207-233. ISBN 0-306-44572-7
  5. Beiguelman, Bernardo. Genética de Populações Humanas. [S.l.: s.n.]. Capítulo: 5-O Efeito da Consanguinidade, p. 97.. Página visitada em 26 de julho de 2013.
  6. 6,0 6,1 Hartl, Daniel L. Essential Genetics: A Genomics Perspective. 5ª ed. Sudbury, Massachusetts: Jones and Bartlett Publishers, 2011. p. 481. ISBN 978-0-7637-7364-9